sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

“Desafios do trabalho docente”


 “O que cada vez mais ouvimos entre os estudiosos e pesquisadores é que a mudança na
educação é inevitável. Diante das mudanças da sociedade e da invenção de novas
tecnologias de informação e comunicação, professores e alunos têm a clara sensação de que
a aprendizagem deve ser encarada de outra forma, indo além da mera transmissão de
conhecimentos. Precisamos ter clareza das diferenças existentes entre ensino e educação,
para que possamos buscar uma educação de qualidade. As novas tecnologias estão em foco
e muitos têm expectativas que elas sejam a solução, contudo precisamos nos dar conta que
elas quando bem empregadas podem mudar e qualificar as práticas pedagógicas, mas
apenas tê-las na escola e usá-las de qualquer maneira não é garantia de melhoria deste
processo".

Buscar traçar desafios do trabalho docentes significa pontuar uma gama de direções. Devido à diversidade de obstáculos encontrados no percurso do tema. Se entendermos que a educação ou ensino, como no trocadilho colocado pela autora do trecho descrito acima; é fundamental na construção da cidadania, e que não pode ser coisificada. Ai assim teremos um desafio delineado e uma direção que podemos seguir. Sem abrir mão da produção do pensamento crítico e da essência do processo pedagógico. O discurso acadêmico pode ser muito bonito, mas pouco proveitoso, não transforma realidade; o que me faz um estudioso do tema, não são os discursos comunista de Marx e Engels, mais a necessidade que vejo de transformação da realidade. As transformações sociais, políticas e econômicas amplamente observadas pelo o docente pós-moderno, tem registrado a necessidade de mudanças, e uma nova forma de abordagem no sistema educacional. Os questionamentos a cerca das mudanças na escola e no que tange a atuação docente em relação aos atuais expedientes para o processo educativo, nos remete a pensar a respeito sobre a prática docente e a graduação pedagógica. Uma vez que existe uma demanda exacerbada imposta por uma ordem tecnológica de informação. Os laboratórios pedagógicos não acompanham o volume de informações disponibilizada pela tecnologia, com isso não empreende uma prática docente satisfatória. Concordo com a autora do texto quando diz: “As novas tecnologias estão em foco e muito tem expectativas que elas sejam a solução, contudo precisamos nos dar conta que elas quando bem empregada podem mudar e qualificar as práticas pedagógicas, mas apenas tê-las na escola e usá-las de qualquer maneira não é garantia de melhoria deste processo”. Isso não significa dizer que nossos docentes estão alheios as novas demandas ou mesmo desconhece a necessidade e a importância de aplicar melhor os recursos tecnológicos, contudo fica claro a dificuldade de viabilizar as mudanças ou a reafirmar novos contextos e a quebra de velhos paradigmas. Haja vista! Que o nosso sentimento é de não podemos encarar o docente apenas como agente do conhecimento, mas como aquele capaz de delinear proposta, de pensar, promover e aplicar as mudanças necessárias para que o conhecimento chegue ao aluno. Contudo é mais que necessário uma simbiose pedagógica entre prática e tecnologia. Entendemos que existe uma prática fragmentada como recurso na formação do docente, a transição de um modelo defasado a cada momento em razão da velocidade em que novas tecnologias acontecem. Mais a dificuldade mesmos estar na legitimação desta tecnologia na escola.
Não podemos desvincular a formação dos docentes, com esses novos nichos tecnológicos em detrimento a uma prática pedagógica para construção do conhecimento. Acredito que possa haver uma forma de conciliar Educação e tecnologia, uma possível articulação entre maquina e ser humano, e assim tudo servirá para o enriquecimento do aprendizado. “Diante das mudanças da sociedade e da invenção de novas tecnologias de informação e comunicação, professores e alunos têm a clara sensação de que
a aprendizagem deve ser encarada de outra forma, indo além da mera transmissão de
conhecimentos. Precisamos ter clareza das diferenças existentes entre ensino e educação,
para que possamos buscar uma educação de qualidade”.
Não podemos limitar o desafio docente, apenas no âmbito tecnológico, e deixamos de apontar que a escola é uma instituição cujo objetivo estar na formação do ser humano, enquanto pessoas humanas, e que neste mundo diversificado culturalmente os conflitos se instala. Neste momento o professor deve ser o agente, em cuja responsabilidade é dar respostas e promover o diálogo. Não podemos negar que essa concepção de mundo não faça parte do trabalho pedagógico, às vezes somos levados a pensar que estamos embuido apenas do compromisso do ensino e nunca do exercício da educação. A pedagogia como instituição tem a obrigação de contribuir para a formação do caráter humano de forma integral; e ao receber estas pessoas humanas, ela chega até a nós com seu conhecimento adquirido, com seus anseios, seus problemas e angustias. Não podemos fazer destes, aparelhos a espera de peças em uma linha de montagem, ou setorizar a escola um compartimento possuidor do mecanismo, capaz unicamente de produzir conhecimento. Mas o texto em destaque volta às atenções para um problema maior, como adequar tecnologia, ensino e educação. Pra isso vejo ser necessário uma infra-estrutura aliado a um projeto pedagógico coerente e participativo. Docente com uma preparação profissional continuada, e bem remunerada para dedicar tempo integral as pesquisas, trabalhando no aspecto intelectual e emocional, a interdisciplinaridade, e assim amenizado com soluções os desafios do trabalho.
Como dizia anteriormente, são gigantescos os “desafios do trabalho docente”. Estes desafios dimensionar nossa incapacidade e maximiza as muralhas, mais também deixa amostra um vigor descomunal no sentido de dar soluções, pensando no problema, não alheio, mas consciente e disponível para a busca de resultados que venha apontar um futura favorável. Como heróis do cotidiano vivem a prerrogativa de enfrentar, cenário desértico de bom senso, luta armada de hostilidade e encruzilhadas tortuosas de duvidas e reparações. Tudo para desfrutar em turbilhões, o prazer de se doar interativo e plural a singularidade da prática pedagógica. 

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

PRINCÍPIOS ARGUMENTOS E CONSEQÜÊNCIAS DO DARWINISMO SOCIAL


A contribuição de Darwin para humanidade, não estar apenas limitada na compreensão de sua diversidade de espécies ou mesmo em compreender os mecanismos de como se deu sua evolução através de uma seleção natural. Mais também de como se organizou. Alguns cientistas da época defendiam a idéia (especialmente no século XIX) que a humanidade se plasmava pelo mesmo princípio que norteava a teoria de Charles Darwin. Isso significa dizer, que é bem possível haver características biológicas e sociais, dentro de um contexto biológico seletivo; pessoas superiores á outras. Em analogia com sua teoria, a pessoa inserida nestes moldes obviamente seria mais apta. Logo apresentavam padrões características de habilidade tais como: maior poder aquisitivo, um desempenho maior para as ciências humanas e exatas desconsiderando as demais ciências como fator de critério; exemplo, arte e a raça da qual o indivíduo é oriunda. O advento do Darwinismo social, nada mais é que o eco da teoria evolucionista de Darwin e de Spence, ou seja! É a representação teórico evolutivo, aplicado aos aptos que galgaram ascensão sociais. É como mapear o mundo social colocando nele os mais bem sucedidos, vencedores na luta pela sobrevivência; neste caso os melhores se destacam socialmente. Com isso fica estabelecido a metáfora da vida social, em relação às mudanças e evoluções dos mais bem sucedidos e dos não tão bem assim. Segundo Spencer a aplicação deste paradigma requer uma boa dose de bom senso, para ele a evolução depende de “condições adversas” que pode favorecer ou mesmo inibir; e justifica seu cuidado considerando que: as relações do sistema social com seu meio ambiente, dimensão da sociedade, diversidade etc. São aparelhos sociais determinantes e muito complexo, o sistema social não segue uma lógica. Existe neste contexto uma lógica perversa para tentar explicar a pobreza pós-revolução industrial, ao dizer que os indivíduos se tornaram mais pobres em razão de serem menos aptos (segundo a teoria de Darwin). Estar afirmação biológica da teoria social de Darwin conduz para um fortalecimento do imperialismo, o racismo, o nacionalismo e o militarismo. Seu adepto defendia as idéias, argumentando que raças e nações se ocupavam em uma batalha acirrada pela sobrevivência, e nesta luta apenas os mais forte sobrevive, os francos não merece viver.
É importante fazer justiça, e dizer que Darwin não tem responsabilidade com as concepções erradas de sua teoria. Muito pelo contrario, antiescravocrata convicto jamais delineou perfil sócio econômico em sua obra. Tais radiografias são frutos das inúmeras interpretações equivocadas de sua obra, os darwinistas se apossaram da idéia principal, para fazer valer seus discursos racistas e preconceituoso, influenciando toda á metade do século XIX
 
O Brasil viveu sua efervescência neste panorama darwinista social, nas ultimas décadas do século XIX, os intelectuais e pensadores como: Nina Rodrigues e Silvio Romero, julgaram melhor defender a tese de que é possível uma raça casta e superior. À medida que seja promovido um branqueamento da população, a fim de erradicar a mistura de “cores” e eliminar a miscigenação peculiar do povo brasileiro. E como seria feito isso? Promovendo incentivo á imigração de trabalhadores estrangeiros, mais especificamente á europeus (italianos, alemães, espanhóis, poloneses, ucranianos), como medida pra forja o branqueamento da sociedade brasileira. O século XX marca uma nova etapa neste cenário, os discursos perderam forças, agora a dita mistura racial, que mais tarde a própria biologia moderna vai constatar que não existe diversidade de raças. Que todos nós fazemos parte de uma única raça humana consegue enxergar benefícios nesta mistura. Então a partir daí o samba, o violão, o frevo e a capoeira começaram a ter identidade e foram sendo descriminalizado, e ganhando contorno de aspecto cultural. Entretanto no mundo inteiro houve quem se opôs há essa tendência perversa de exclusão social, como: Piotr Kropotkin. Na obra “Ajuda Mútua: Um Fator de Evolução,” ele reforça a idéia de solidariedade entre pessoas, etnias, e que luta para sobreviver é tão benéfico, quando estimula a competição entre grupos. A sociobiologia nomenclatura utilizada atualmente, fazendo a junção da biologia e sociologia, desperta para uma realidade mais condizente e globalizada. O famigerado capitalismo selvagem nos dias atuais retrata bem o modelo concebido pelo darwinismo social. Temos como pano de fundo, três pessoas mais ricas do mundo cujo seu montante ativo é maior que o recurso de 48 países mais pobre de uma população de 600 milhões de pessoas, ainda 257 pessoas tem mais valores acumulativo que 2,8 bilhões de pessoas isso significa 45% da humanidade; isso sem dizer e se nossa estatística não nivelar por baixo, cerca de um bilhão passa fome e 2,5 bilhões estão a baixo da linha da pobreza. Já no Brasil podemos afirmar com segurança que 5 mil famílias detêm 46% da riqueza nacional. Sem querer ser pessimista mais é fácil de perceber que o modelo social elaborado no primórdio da modernidade, e despontava para seus percussores como modelo social para conquistar o mundo através do acumulo de riqueza privada, diante do caos estalado e por questão de bom senso, não pode ser mais visto como uma alternativa econômica. Infelizmente alguns lideres mundiais não atentaram pra isso, o nosso governo em seu Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) estar alheio e ainda busca uma forma de racionalização do irracional. Não precisamos de um governo se utiliza de frases de efeitos para garimpar votos ao invés de propor um programa que respeite o planeta terra, e que minimize a covardia social e a destruição do meio ambiente. Estou ciente das dificuldades em mudar esse sistema, não atender a boca escancarada do capitalismo, com produção e consumo é remeter as sociedades para um mundo primitivo. Mais também é bom deixar claro que o futuro da humanidade a biosfera estão comprometidas e pode ser extinto por conta da arrogância de nossos lideres por achar que tem na mão a formula que constitui o todo.  Reporto-me as palavras do teólogo Leonardo Boff para afirma que o mundo não é individualizado e que junto podemos transformá-lo. “Mudar de rumo? Sim, na direção do “nós”, da cooperação de todos com todos e na solidariedade universal e não do “eu” que exclui. Se tivermos altruísmo e compaixão não deixaremos que os fracos sejam vítimas da seleção natural. Interferiremos cuidando-os, criando-lhes condições para que vivam e continuem entre nós. Pois cada um é mais que um produtor e um consumidor. É único no universo, portador de uma mensagem a ser ouvida e é membro da grande família humana.Isso não é uma questão apenas de política, mas de ética humanitária, feita de solidariedade e de compaixão.”


sábado, 16 de outubro de 2010

HOMEM COM DEPRESSÃO PÓS-PARTO


Já faz alguns anos que psiquiatras e médicos têm conciliado suas conclusões no sentido de alcançar um denominador comum, e assim concordarem que em alguns distúrbios no que diz respeito às atividades somáticas e emocionais, trafegam em uma via de mão dupla. Heinroth foi o primeiro a utilizar a palavra como designativo, “Distúrbio psicossomático”, dirigida à insônia. Jacobi, um psiquiatra alemão, anos mais tarde a tomou de assalto, a popularizou e o conceituou de “distúrbio psicossomático” ampliando seu raio de ação até incluir colite ulcerativa, úlcera péptica, enxaquecas, asma brônquica, artrite reumatóide etc. No mundo cientifico o termo tem gerado polemica. A classificação americana atual, DSM-III-R, refere-se a distúrbio psicossomático quando a ocorrência é por ocasião de estímulos ambientais de caráter psicológico significativos, associado a um acontecimento ou um agravamento de um traumatismo físico cujo sua patologia é orgânica passível de ser observada dentro de um contexto fisiopatológico habilmente conhecido por especialista. A DSM-III ela não contempla a junção mente corpo, ignora a percepção holística médica. Para Fritjof Capra recomenda certo cuidado ao trato com o termo psicossomático. Na medicina tradicional a designação do termo era para distúrbio sem trauma orgânica e nitidamente diagnosticado, por essa razão o conceito imaginário ou “psicológico” significando não real. Capra em seu livro “O ponto de mutação” (1993) vai trabalhar a acepção do termo, nele um elo que se converge corpo/mente em um processo da doença e saúde. "Afirmar que um distúrbio tem causas puramente psicológicas seria tão reducionista quanto acreditar que existam doenças puramente orgânicas sem quaisquer componentes psicológicos..." Primeiramente é importante darmos o sentido etimológico a palavra psicossomática. Psicossomática é uma palavra composta de dois vocábulos Grega. Psique significa razão, emoção, e somática corpo, matéria. O ser humano é um ser dicotômico, ou seja, sua estrutura é composta de razão, emoção e de um corpo, matéria. Como esses dois elementos é intrínseco ao ser humano, existem situações em que a psique como estado emocional pode causar alteração, comprometendo o funcionamento do corpo. Isso significa dizer que um estado de desequilíbrio emocional, pode aflorar doenças no corpo. Como somos seres sociais e interagimos com o meio e o meio muitas vezes se traduz em um ambiente inóspito. Em ultima analise o corpo também pode responder as doenças Sócio-psicossomática, desencadeadas por fatores como: desemprego, ruptura no casamento, morte de entes queridos, a chegada de um filho, etc... Ops! Parece contraditório que a chegada de um filho possa contribuir negativamente para o equilíbrio emocional do casal. Mais é verdade, nem sempre a chegada de um bebê, possibilita uma atmosfera harmoniosa. As vezes toda a gestação e até depois da chegada do bebê, é cercado por uma clima de comportamentos conflituosos. Durante a gravidez e depois dela, a mulher experimenta sensações e alterações hormonais, capaz de modificações em seu comportamento, e isso não é novidade pra ninguém. Mesmo porque sua estrutura confere todo um comprometimento biológico para gravidez.  Mas jamais se cogitou a possibilidade biológica do homem sofrer de depressão pós-parto. A pesquisa da Escola de Medicina da Universidade de Virginia, nos Estados Unidos, publicou no “Joumal of the American Medical Association”, materiais de pesquisas feitos por cientistas norte-americanos. Estranhamente o resultado da pesquisas apontou que 10% dos homens são acometidos de uma severa tristeza após a chegada do bebê. Ainda registrou que o pico da depressão no homem ocorre estatisticamente nos períodos entre terceiro e no sexto mês de existência do filho. Segundo alguns psicanalista, o quadro depressivo se dá em razão de sua incapacidade de lidar com a nova vida. Desde os primórdios da civilização, atribuiu-se à mulher a função de cuidar da família, ela desfruta do prazer de cuidar, amamentar, dar banho, trocar. Vemos nessa atitude não uma obrigação mais uma necessidade pra mulher esse cuidado. Já para o homem toda essa tarefa provoca certa insegurança, um misto de medo e um sentimento de importância ao ver a mãe desempenhado tão brilhantemente essa responsabilidade familiar. Outro sentimento bastante interessante e às vezes inconciênte, é o sentimento de sentir-se fora do contexto. Primeiro a mulher assume todo o controle, e na busca por ajuda é a sua mãe que é solicitada. Com isso o homem se sente um coadjuvante no cenário conjugal. A pesquisa aponta também que a manifestação da depressão masculina no pós-parto pode ocorre quando o homem é pai pela primeira vez. É importante salientar, que não é uma regra. Mas no nascimento do primeiro filho, este homem apresenta um estado de angústia, de uma profunda tristeza. E como não é diferente nesse sintoma, apresenta cansaço, irritabilidade como mecanismo de defesa e uma grande impotência para cuidar da esposa e do bebê. Mas que fique claro que esses tais sintomas, são momentos de transição, e tem por circunstância um novo quadro familiar, portanto esses sentimentos em via de regras são temporários. Podendo permanecer por alguns dias ou semanas, logo em seguida, e como é comum em todo ser humano é possível uma adaptação à medida que haja um ajustamento na nova rotina. Permanecendo o sintoma procure ajuda profissional.   

domingo, 3 de outubro de 2010

UM ANO DE ISENSÃO


Nosso blog estar comemorando um ano e queremos agradecer aos nossos seguidores, pelo carinho que sempre nos dispensaram. Aproveitar a oportunidade pra dizer que sem esse carinho e sem toda essa atenção, nada disso seria possível. Estamos trabalhando com afinco para proporcionar aos nossos leitores uma maior fidelidade de informação, e uma maior interatividade, buscando alcançar um  estreitamento em  nossas relação. Muito obrigado Ciência e Religião.  


terça-feira, 14 de setembro de 2010

FRAGMENTO DE SEPARAÇÃO


O tempo passou, foi exatamente isso o que aconteceu, a vida a dois não se resume, em “soneto de fidelidade”, o tempo corrói de maneira implacável e as mesmice cotidiana adormece enquanto o abismo se expande. A ruptura é inevitável quando maquiamos com hipocrisia de sussurro e gemidos concretude de frustração não resolvido. Na relação cada vez mais perigosa somos sentidos em desencanto. O prazer não deveria apenas ser a explosão de orgasmos, e uma desencadeada tentativa de prolongar os sentidos, ou mesmo como ato casual, como forma usual de preencher o vazio. O sexo como vínculo e não como obrigação na manutenção de sentimentos inexistente. Deve se ter um envolvimento emocional maior, é descobrir na relação a combinação que destranca o subsolo da sedução. O gatilho que despi da lembrança, o erotismo adolescente, fazendo possuir mais o corpo ao invés de inundar a alma. Ele utiliza seu corpo, à possui num efeito colateral, e displicentemente faz sexo consigo mesmo. Ela é o homem com seu pênis e o prazer da penetração, na vivência a cama morna da ausência de corpos presente. E ambos com uma forte repressão de suas próprias hostilidade, tão superficial e unilateral que pra gozar precisam de suas fantasias, ainda que verdadeiro não transforma realidade. Sexo é muito mais que órgãos genitais se encaixando anatomicamente, muito mais que uma ênfase exagerada na importância da virilidade, muito mais que uma cavidade abdominal, onde se despensa a demonstração ereta, para exibir status de superioridade. Insistir nesta relação é confirmar que os princípios foram conduzidos em um amontoado de normas, de regras a serem seguidas na prática entre quatro paredes, significa querer apagar ou negar a vulnerabilidade diferencial de cada um. Conheço os passageiros sexofóbicos desta pseudo da relação afetiva; embarcados na angustia reeditando em demasia aguda, gesto e gemidos à certeza da separação. O universo conjugal se torna mais rarefeito, sentem cansaço, tédio, os defeitos se amplia, exaustos é o epílogo de uma vida familiar onde o balanço final é a resistência na conta dos filhos. Nós sabemos quando se deu a dinâmica da exaustão, foi quando ela percebeu que não havia casado com seus contos de fadas, e ai os componentes à relação são acrescentados, frustração, ciúmes e decepções. O desamor é o pano de fundo e constrói em silêncio novas tentativas de separação. Sua descoberta repito é um paradoxo de seus sonhos, e na singularidade da relação desiste de ser “mulher de verdade”. Não existe sentimento mais sublime, que o amor próprio capaz de passar por cima das censuras éticas e morais, dos argumentos mais profundos, pra ser, o encaixe que se desvia dos trilhos. A viagem pra liberdade alcança justificativas, na lógicas dos conflitos o único caminho admissível é a infidelidade.
-Trai, fui traída e guardo comigo meus segredos, somos uma mentira, não agüentamos a verdade o tempo todo. Hoje a traição não me traumatiza aprendi fazer cara de submissa, a valorizar meu sexo frágil como uma arma, que não explode, mata, sem estampido.
Depois de sua reflexão demorada creio entender o motivo pelo qual se morre a cada dia. Ele também precisa desmascarar sua verdadeira condição, aquela cuja angústia sustenta o peso do sexo forte. Seu receio estar no medo de se encantar por sua mulher, e se tornar um prisioneiro para sempre. Mas não é isso que decidimos ser, quando buscamos de verdade uma outra metade que nos faça completo? Mas não é exatamente ela o complemento da sua humanidade? Ela é sua parte mais frágil, que ele insiste em não respeitar; provocando nela a essência deles dois. E em luta aberta a paisagem harmoniza e no peito colhe arsenais agressivos. Não há como reter o tempo, e se mostrar satisfeito com os dias. Dói, mais porque passa lento, passa sem que haja atitude entre tanto abandono; abandono que se faz, quando refaz no retorno pra casa. E elabora sua defessa com explicações biológicas.
-Somos caçadores desde os primórdio, multiplicidade estar no DNA, não agüentamos a monogamia. Minha infidelidade é questão de genética. Temos por princípio valorizar mais a forma, ao invés do conteúdo.
Palavras inconsistente insistente em não haver reparos, palavras de quem tem tão pouco pra oferecer, de quem não quer enxerga o dilema de um quarto frio onde tudo morre aos poucos. Derramar um nada de si que é pra ver se encontra um duplo sentido, no reflexo do feitiço que havia, no inicio antes do medo de ter. A onde foi parar a mera ilusão, de quem tem no coração a formula do amar, só há marcas, choro incontido, rugas e um amargo de viver. Ambos são as suas queixas e um ego de correção preocupados em apagar sentimentos de culpa e então tentar manter a aparência do mal. Em tese, e para além da janela o quadro pintado é de uma família feliz, muito embora o sorriso não marque o rosto e a tristeza estampa os olhos no choro com lágrimas de sangue. Quantas solidão ainda precisam ter? Pra entender que sozinhos não se bastam, que a relação pra se manter é necessário uma constante masturbação, é necessário muito mais que corpos se encontrando, é preciso haver cumplicidade, é preciso se dá mais do que se tem, não medir esforços na direção do outro. Abrir mão dos desejos prostituído do recinto cor de carne, da meia luz em cama alheia. Montar o quebra cabeça que o vento espalhou, que tempo marcou em cicatriz degenerada. As vezes somos como adolescentes na ótica das coisas, parece que tudo é pra sempre, quanto mais sofrimento e dramaticidadetrajetória de fracasso, das fotos desbotada, amarelada pelo tempo; a mentira fragmentada de um histórico familiar. E mais uma vez as luzes se apagam, para uma novo dia recomeçar. Confesso-me surpreendido do masoquismo, da exposição de fetiche pra manter inabalável a acidez incontida, a brutal tentativa de manter sobre a face a transparência suave. Ela será sem nunca ter sido “Amelia”. Radiante por ter descoberto o botão que há desliga pra vida. Ele a eterna configuração de homem da caverna, em gargalhadas expõem futilidades em roda de amigos. E ambos juntos em camas separada, corpos separados numa mesma cama, revela a prostituição de um lar.

domingo, 15 de agosto de 2010

Sexo é saúde! ciência e religião.



 Ao contrario que muita gente julga, o apostolo Paulo não faz defesa por uma vida de abstinência sexual, se na antiguidade como nos tempos modernos interpretaram as suas orientações por esse prisma, é por que esquecem de considerar o contexto do texto. Paulo na tradição cristã, ele faz a seguinte recomendação: “É bom para um homem que ele não toque em uma mulher”. Olhando somente para o texto descrito parece que todo o capitulo 7 da primeira epistolar aos Coríntios irá ditar normas e proibição, mais na verdade Paulo estar respondendo a um questionamento, que lhe fora feito por carta. E logo em seguida ele diz: “Mais, por causa da impureza, cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido.” A regra hermenêutica diz que um texto necessita de um contexto para se ter toda a compreensão do texto, e que o contexto pode estar antes ou depois do texto. Foi comum no período helenístico, a defesa acalorada do celibato, essa seria uma maneira pra dedica-se mais a filosofia e objetivar virtudes, pureza e bem estar. O fato é que em várias culturas haviam a crendice que em uma relação sexual prazerosa, necessariamente estaria ligado à perda do vigor físico e com o bem estar. Como por exemplo no norte da Índia, uma gota de sêmen que ejaculava na relação, são por eles considerado um desperdício e se traduz em perda de energia. O bloqueio é tão severo que chegam a apresentarem, problemas de pele, ansiedade e perda da concentração, dores articulares, palpitação, dor no peito e até mal hálito. As objeções para reposição da energia, e assim um fortalecimento do sistema imunológico, seria 40kg de comida para cada colher de sêmen perdido. A ciência em um determinado momento de sua história também julgou necessária a restrição ao sexo, para se alcança maior ganho de vigor. No final do século XIX, Eugen Steinach ganhou fama por desenvolver técnicas cirúrgica, cujo objetivo era impedir o tráfico do esperma través da ejaculação pelo canais da uretra. A principal intenção com o fechamento era obstruir a saída do sêmen para que não houvesse perda, mesmo em uma relação sexual regular, como também a perda dos hormônios masculinos, os argumentos utilizados e justificados pela ciência estava na promessa de rejuvenescimento, na prática deste “celibato filosófico.” Muitos acreditavam que desta forma seria possível alcançar a “fonte da eterna juventude,” mas ao longos dos anos e a promissora evolução da ciência medica, pôde se perceber que essa intervenção cirúrgica nada mais era que um engodo, invasivo efeito placebo. As últimas décadas, marcaram estudos científicos profundos, servindo pra desfazer os mitos a cerca das atividades sexual e sua conotação deletéria a saúde, uma vez tomados os devidos cuidados na proteção das doenças sexualmente transmissíveis, as pesquisas tem demostrado que ao contrario aos mitos, que o sexo traz inúmeros beneficio à saúde. A preocupação da ciência é tão grande nesse estudo que tem acompanhado indivíduos de meia idade e idosos a cerca de 20 anos, seus resultados são unânimes em mostrar que os indivíduos pré-dispostos a atividade sexual, tem um menor índice de mortalidade, inclusive por doença isquêmica do coração. É sabido que em uma relação, demanda um grande esforço físico, óbvio que na atividade podemos precipitar hemorragias cerebrais e até mesmo morte súbita aos predisposto a doenças cardíacas. Ao vislumbramos o surpreendente conhecimento atual da ciência, podemos afirma que a informação como efeito de prevenção na atividade sexual tem se mostrado maior que os eventos precipitantes pelos esforços físicos. Pontuando os exageros daqueles que tem dores no peito constantes em curtas caminhadas, é óbvio que deve receber orientação de seu cardiologista, quanto ao risco em fazer sexo, ou sua participação em qualquer atividades físicas. Os avanços em pesquisas para rastrear os efeitos do sexo na a saúde têm trazido bons resultados científicos, e muito poucos em outras. Como por exemplo: O aumento da concentração de anticorpos do tipo IgA na saliva. Essa concentração tem sido apresentado em atletas e seus efeitos demonstra um menor risco de infecção do tratamento respiratório superior. Qualquer afirmação a respeito deste assunto ainda é prematura, as pesquisas caminham a passos lentos e ainda não podemos dizer que sexo previne gripes e resfriados.
Uma pesquisa realizada na Escócia onde foram entrevistado um numero maior que 3500 pessoas na Europa e EUA mostraram através desta consulta que os indivíduos que praticavam sexo em numero considerado quatro vezes por semana eram pessoas que apresentavam maior jovialidade, conforme o gráfico análizado pelos juízes. A pesquisa que hora mencionamos não houve publicação pela comunidade cientifica mais no livro best-seller Superyoung, faz menção que o sexo rejuvenesce. Alguns especialista dizem que a prática do sexo, pode elevar os níveis de terminados hormônios, tais como o estradiol, trazendo vivacidade do cabelo e da pele. Foi apontado em pesquisas que o hormônio estradiol em níveis elevados na mulher, seu aspecto fisionômico como também no aspecto físico fica mais atraente, o interessante que esse componente hormonal faz o mesmo efeito em outras espécie. No caso da mulher seu efeito traz mas receptividade ao esposo na relação e maior eficiência quanto a fertilização dos óvulos. Haja visto que o sexo nada mais é que uma atividade física, sua prática movimenta todo o corpo, nisso pode considerar perda de peso, se a atividade sexual for regular. Alguns especialista dizem ser a atividade sexual em termos de perda energética semelhante ou próximo a uma caminhada, isto não significa dizer que o sexo venha suplantar a atividadeSatiríase, nos dos homens Don Juanismo. É óbvio que não se pode quantificar o valor exato de relações, para então apontar com segurança se determinado comportamento estar na margem da normalidade. Mais é possível apontar um transtorno quando o comportamento começa afetar a vida de forma negativa, trazendo constrangimento sociais, familiar e em suas praticas ocupacionais. Segundo um estudo recente afirma que “A atividade sexual do brasileiro” em termos de freqüência é em média de 3 relações por semana, em caparação a outros países se apresenta maior e com relação a outros menor.

Não se pode desprezar a ênfase, na inteiração mente e corpo pois é sabido que no ato sexual são liberados pelo cérebro uma série de hormônios e ativa neurotransmissores provocando sensações de bem estar como também satisfação, que funciona como efeito analgésicos. Não precisa dizer que todo esse processo não ocorre somente com o orgasmo, uma vez que a excitação na relação sexual é muito maior que em uma masturbação. Em estudos comparativos apresentam um numero menor de queixas de dores, por ocasião de atividades sexual regulares entre essas pessoas. A regularidade dessas atividade sexual promove menos insônia. Isso não significa dizer que tais benefícios estar restrito à sensação de sono após uma relação, mas que o processo químico no organismo cerebral, no pós-orgasmo pode ser o grande responsável. Segundo pesquisas realizadas do UNICAMP mulheres que apresentaram um grau muito aguçado de insônia, em sua grande maioria demonstrava uma insatisfação na relação sexual. Nesta demostração foi observado também que a insônia e a insatisfação sexual estar também ligada com a depressão e a ingestão de antidepressivos. Podemos afirmar então, que uma relação sexual prazerosa e com regularidade ira contribuir para menos ansiedade, menos agressividade e menos depressão. A depressão é fruto de componentes emocionais, mais no inicio desta década um estudo apontou que as mulheres que dispensaram o uso de preservativo na relação não apresentavam um comportamento depressivo, em comparação com aquelas que usavam. Clara que ficaremos no campo das hipóteses e uma delas é que na relação a vagina absorve estrogênios e prostaglandinas disponibilizada pelo sêmen, e isso é bem possível diminuiria a incidência de depressão. Há um constrangimento ao apontamos esse resultado, mesmo porque seu estudo foi isolado sem confirmação e com falhas metodológicas. Sabemos que estamos em campanha e mesmo que a amanhã se confirme essa pesquisa não podemos correr o risco: sexo só com camisinha. Um outro demonstrativo é aquele em que diz que as mulheres que fazem sexo uma vez por semana, segundo estudos suas disposições menstruais são de ciclos mais regulares se comparados com aquelas em que suas atividades sexuais não freqüentes. O sexo rotineiro enrijecer a musculatura da pelve contribuindo de maneira significativa para redução de um possível risco de incontinência urinária no envelhecimento.
Em meio a algumas descobertas e polêmicas podemos citar algumas, mas a que suscita maior confusão é aquela em que se concluiu que o câncer de próstata estar relacionado com a freqüência da atividade sexual. Segundo os especialistas a produção de sêmen despende uma grande concentração de hormônios pela próstata corroborando com a vesículas seminais, Esse liquido pode conter substâncias carcinogênicas, e por longo tempo o sêmen retido poderia ocasionar uma exposição da próstata maior a tais substâncias. A confusão ainda é maior quando alguns especialista defende que a freqüência nas relações sexuais e a masturbação rotineira aumentaria sobre maneira os hormônios sexuais masculinos, acarretando um alto grau de risco de contrair o câncer de próstata. Isso sem dizer que em um atividade sexual, com um numero considerado de parceiros o risco ainda é maior, em razão da exposição a doenças sexualmente transmissíveis. Concluímos então que excessiva atividade sexual, ou mesmo sua abstinência garante prevenção ao individuo geneticamente predisposto a doença. O que vai garantir uma maior segurança, é a freqüência regular aos consultórios médico. Uma vida sexual ativa não pode visar única e exclusivamente um setor, mais associa-la a todo bem estar do corpo, como já vimos anteriormente. A evolução na ciência com métodos de pesquisas mais eficazes e com uma tecnologia de ponta, tem nos conscientizado que uma vida saudável não se traduz em algo sem graça, e que pode ser muito prazerosa. Participar de recreação como: show de musica, cinema, teatro e uma biriba com os amigos para colocar as novidades em dia, essas pessoas são mais saudáveis e tem suas vidas aumentadas por conta disso. Não vamos enfiar o pé na jaca, e promover passeatas a favor de uma existência de “sexo, droga e rock' n roll”, devemos agir com coerência para alcançamos, prazer e saúde.


quinta-feira, 15 de julho de 2010

O ELO DAS MÁSCARAS


Lembro de tudo nitidamente. Eu via seres de luz carregando lixo da floresta para dentro de uma caminhonete. Muito seres, muito lixo. Então perguntei para um deles:
- O que é isso?
-Um dos seres me respondeu:
- São as suas máscaras, você não pode ver ainda.”
O texto descrito acima trata-se de um depoimento de quem fez uso ritualístico-religioso, de uma substância denominada “Ayahuasca.” Popularmente conhecida como “Santo Daime.” Segundo os lideres desta seita, a utilização desta bebida, a “Ayahuasca servirá na manutenção de um “elo imaterial com o divino.” Seu cerimonial segundo os lideres da seita sincrética, são comparados aos rituais sagrados de algumas religiões, como por exemplo, a do vinho Sacramental na Eucaristia. As matérias primas desta bebida são de plantas exclusivas das florestas tropicais dos países amazônicos. Não quero tecer comentário sem que antes possamos expor, fundamentos científicos para não corre o risco de nos posicionarmos injustamente, como também não deixarmos a impressão que somos os donos da verdade. Os nomes abaixo mencionados vem juntamente com a Associação Brasileira de Psiquiatrias  corroborar com pareceres técnicos com dados disponibilizado na web.
*Jaime Hallak, professor do Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - Ribeirão Preto (FMUSP-RP) e Luís Fernando Tófoli, médico psiquiatra e professor adjunto de Psiquiatria da Universidade Federal do Ceará (Ufce).
“O que é - A bebida é obtida através da combinação da planta Banisteriópsis caapi (ariri) e outras ervas que são maceradas ou aferventadas, como a Psicotrina viriduis (chacrona ou rainha) Como funciona - A atividade farmacológica da guascaria é única, pois depende da interação das substâncias contidas nas plantas. A B. caapi contém os alcalóides harmina, tetra-hidro-harmina (THH) e, em menor quantidade, harmalina. A P. viriduis, por sua vez, fornece a triptamina alucinógena de ação ultra-rápido, a N-dimetil triptamina (DMT). A modulação da DMT é promovida pelos efeitos ativos da B. caapi). E essas substâncias têm como função mais conhecida bloquear a enzima monoaminoxidase (MAO), permitindo que o DMT seja absorvido pelo sistema digestivo. Como elas são psicoativas, possuem efeito sedativo semelhante ao carmano (também conhecido como passiflorina, alcalóide presente em uma outra trepadeira da família do B. caapi, o maracujá)
Efeitos - O consumidor do chá pode vivenciar percepções sensoriais sem estímulos externos. Na maioria das vezes, a pessoa permanece consciente de que está sob efeito da guascaria, e mantém controle de suas ações. Indivíduos que fazem uso da bebida regularmente descrevem capacidade de maior compreensão de aspectos espirituais de sua própria vida
Tempo de ação - o consumo de 100ml da bebida requer 30 minutos para entrar na corrente sanguínea e atuar sobre o cérebro. Esse efeito pode durar até quatro horas. Já a sensação de bem-estar e tranqüilidade costuma se prolongar, segundo usuários.”
Faço uso neste momento da minha condição de teólogo, despido de qualquer preconceito religioso, para fazer a seguinte afirmação: A religião adoece as pessoas! E em seu efeito dopante, existe uma linha tênue entre o bem e o mal. Esse dualismo fica evidente, quando utilizamos determinados mecanismos, como extensão de nossos sentidos. Uma vez para justificar a nossa miserabilidade, a outra por uma escancarada inoperância em gerir nossa própria consciência. Abrimos mão de nós, e nomeamos as instituições como autora e consumadora de nossa fé. Com uma extrema habilidade neurolingüística, somos induzidos a sensações que nunca antes experimentamos, ora, admitimos uma satisfação imensurável, ora, em uma estado de tensão desagradável, de angustia e desespero, sublimado muitas vezes pela falácia religiosa. Os fatos que nos leva a crer naquilo que temos por verdade absoluta, nada mais é que um processo subliminar, algo sutilmente inserido por meio de um contexto lingüístico. Após um longo exercício de reflexão antropológica, percebo o ser humano submergido em suas indagações religiosas, por ser ela uma fantasia arquetípica comum a toda humanidade, e é possível considerá-las como exclusivas de pessoas neuróticas ou psicótica, encontrada em tão grande variedade pelo mundo inteiro. Contudo, como faceta oposta ao realismo se estabelece uma relação recíproca de dependência, não obstante, ficam satisfeitos em fingir para si construindo uma linguagem espiritualizada, com uma firme convicção de uma consciência ampliada. A divergência entre a fantasia e a realidade pode ser vista com bastante, clareza se examinarmos atentamente os mitos e contos de fada com os quais fazem parte na elaboração do psiquismo religioso. A religião é a droga mais potente que qualquer substância psicoativa. O indivíduo passa a depender, por obra de modificação psíquica e fisiológica, do elemento da satisfação, e exigem administração regular ou contínua da droga para produzir prazer ou evitar mal-estar.
Pode parecer um paradoxo essas palavras ditas da boca de um teólogo, mais crer na existência de um Deus verdadeiro, e cultuá-lo, não significa ser objeto manipulável de seguimentos que cujo estrutura estar comprometida com a insanidade. Como posso cultuar um ser racional me portando irracionalmente? Mais essa estrutura não se estabelece só, muitas vezes dependerá da ação conjugadas de fatores; tolerância e dependência são os fenômenos que define o processo. Uma psicologia de submissão é instaurada, a mesma intolerância ao real encontra-se nas bases do ato dependente, o cenário desta moldura é um mundo alienados, de pessoas imersas, enredadas em teias abstratas dissociadas e dispersas de circunstâncias concretas. Preciso desta droga pra me salvar, preciso permanecer drogado para suporta o mundo conturbado que existe lá fora. A religião é o todo universo para si próprio, e o que escapa do sentido de transfiguração ganha overdose de insignificância. São, em síntese, estrutura narcisista e dolente, se alimentando de patologias simbióticas.
Não quero ser aqui portador de má noticias, afinal de contas, com que direito pretendemos impor nossos critérios de vida aos outros? É necessário compreender que, a pesar de todos os preconceitos e todas lendas, que por vezes foram massificada, de maneira a lavar o cérebro da percepções de realidade. É possível resgatar o dependente, e ajudá-lo a curar-se de sua anomalia; aferindo lhe regras básicas, do mestre dos mestres aos religiosos de sua época: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”J. 8.32
Esse é um espaço destinado ao debate, e não tem como objetivo promover a intolerância, muito menos servir de instrumento para um apartheid religioso. Fiquem ciente que qualquer religião que se sinta atingido em seus princípios, terá espaço neste blog para a replica, e certos que publicaremos na integra as suas contestações.
Mais quero deixa como registro que a discussão acerca da ingestão da bebida “ayahuasca” mesmo em contexto ritualístico-religioso. Estar calcada na polêmica do assassinato do cartunista Glauco Villas Boas e do seu filho Raoni. Vitimados por um membro da seita, em que o cartunista Glauco, seria o líder e fundador. A prática religiosa se dava nos mesmos moldes daquela que tem pautados os seus princípios pelo uso da bebida. Segundo informações vinculadas pela mídia, este rapaz de vinte e quatro anos, tinha um sério desequilíbrio psico-social e um quadro elevado de dependência química, transtorno psíquico, esquizofrenia.
Relatamos no inicio deste artigo que a utilização da “ayahuasca” seria semelhante aquela cerimônia do vinho sacramental eucarístico, mais a diferença se instala, quando constatamos que o vinho é degustado apenas pelo sacerdote. E as igrejas reformadas faz uso do suco da uva não fermentado. Isso sem dizer que tais substâncias são meros simbolismo, ao contrario da utilização da “ayahuasca.” Veja! O que diz um dos defensores: “A ayahuasca é a religião da terra para o céu, da matéria eterna para o infinito do sonho humano, a religião natural. Uma verdadeira e única religião do Brasil, aliás, uma colossal e genuína religião amazônica e indígena. A ayahuasca era essência espiritual dessa convivência material fraterna entre as árvores carinhosas, os riachos irmãos, os pássaros cantores, os peixes, as larvas, os insetos, as flores. A ayahuasca ancestral era o elo entre a terra e o espírito. Se não fosse uma erva espiritual e mágica, trazida pelas mãos milenar dos povos indígenas amazônicos, ela não teria resistido ao tempo. Por isso é natural que a ayahuasca atraia cada vez mais o homem branco, esmagado pelo destrutivo modo de vida urbana, elitista, ocidental, capitalista.”
O suco de uva é de uso simbólico, nele não se alcança qualquer êxtase, magnetismo espiritual. Nós pessoas humanas buscamos subterfúgios para ludibriar, e tentar enganar a nós mesmo, e após tantas tentativas a mentira ganha aspecto de verdade que não conseguimos mais dissociar a mentira da verdade, a realidade da fantasia. Os sentidos ficam tão aguçados que ignoramos qualquer possibilidade de frustração, assim continuamos buscando prazer mesmo naquilo que mascara o sentido da vida, talvez seja essa a diferença do suco de uva não se traduzir em objeto de atração.
A bem da verdade é que a ciência sabe muito pouco do “santo daime”, em razão de não haver um estudo sistematizado. O governo brasileiro em janeiro de 2010 estabeleceu regras para seu uso, apenas em cerimônias religiosas. A Associação Brasileira de Psiquiatria disponibilizou em seu site estudo referente aos efeitos psíquico da bebida.
** “Os efeitos psíquicos mais freqüentemente relatados são:
·         - alterações no processo de pensamento, concentração, atenção, memória e julgamento;
·         Alteração na percepção da passagem do tempo;
·         Medo de perda do controle e do contato com a realidade;
·         Alterações na expressão emocional variando do êxtase ao desespero;
·         Mudanças na percepção corporal;
·         Alterações perceptuais atingindo vários sentidos, onde alucinações e sinestesias são comuns;
·         Mudanças no significado de experiências anteriores - “insights”;
·         Sensação de inefabilidade;
·         Sentimentos de rejuvenescimento;
·         Hiper sugestionabilidade;
·         Sensação da “alma se desprendendo do corpo“;
·         Sensação de contato com locais e seres sobrenaturais.
Como é descrito para muitas outras substâncias psicoativas, e em especial para os alucinógenos, a experiência de usar Ayahuasca é influenciada pelas expectativas do indivíduo, setting, experiências prévias.
Os principais efeitos físicos relacionados ao uso da Ayahuasca são náuseas, vômitos e diarréia. Também incluem: aumentos leves da pressão arterial, dos batimentos cardíacos e incoordenação motora. Após o uso de grandes doses há relato de que os usuários tornam-se frenéticos e agitados por dez a quinze minutos aproximadamente. No entanto, é mais comum manifestarem prostração e sonolência. Há referência ainda à audição de zumbidos, formigamento de extremidades, sudorese e tremores (Schultes, 1980).
Considerando a complexidade da ação destas substâncias, o pequeno número de estudos metodologicamente adequados, com amostras não representativas, e sem seguimento longitudinal de usuários, tendo em vista algumas evidências quanto ao desenvolvimento de tolerância com o uso crônico e alterações de consciência com o uso agudo, pode-se concluir que não existe uso seguro destas substâncias psicoativas, e que elas podem interagir com outras substâncias provocando intoxicações graves.”
                                  DOMINGOS BERNARDO GIALLUISI DA SILVA SÁ
                                                     Presidente do Grupo de Trabalho

Eis ai um elo perigoso, são as máscaras oculta, disfarçadas de santidade e pureza, uma faceta da mente humana. Que se utiliza da criatura, para alcançar o criador, não precisamos de uma chá para nos mostrar qual seja o caminho divino. O elo divino não necessita de máscaras forjada no bojo das vaidades humanas, que não tem a compreensão de si. Como então poderá ditar normas espirituais a seus semelhantes? A nós basta ser um com Deus, sem hipocrisia, sem medo de se desnudar-se diante de suas maravilhas, de seus propósitos. Não é preciso criar pra si deuses, que com gestos de auto-suficiências podemos manipular, ordenando-lo que se cale ou que se pronuncie, sempre a mercê de minha vontade e do meu querer. Miserável é o homem que tem pra si o deus da religião e que se utiliza da natureza pra conhecer a natureza do Deus verdadeiro. Miserável é o homem, que não consegue beber em suas palavras a simplicidade de servi-lo e de deixar- se por ele ser conduzido. Interferindo desde os primórdios no equilíbrio e na sensatez do universo, como raças de víboras á destila seu veneno de perdição. Misericórdia lhe rogo Deus dos deuses, para que naquele dia os ingênuos de coração sejam salvos, e assim possam contemplar a face do eterno.
*Veículo:Uol
Seção:CiênciasSaúde
Data:26/04/2010
Estado: Nacional
** Associação Brasileira de Psiquiatrias


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