sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

“Desafios do trabalho docente”


 “O que cada vez mais ouvimos entre os estudiosos e pesquisadores é que a mudança na
educação é inevitável. Diante das mudanças da sociedade e da invenção de novas
tecnologias de informação e comunicação, professores e alunos têm a clara sensação de que
a aprendizagem deve ser encarada de outra forma, indo além da mera transmissão de
conhecimentos. Precisamos ter clareza das diferenças existentes entre ensino e educação,
para que possamos buscar uma educação de qualidade. As novas tecnologias estão em foco
e muitos têm expectativas que elas sejam a solução, contudo precisamos nos dar conta que
elas quando bem empregadas podem mudar e qualificar as práticas pedagógicas, mas
apenas tê-las na escola e usá-las de qualquer maneira não é garantia de melhoria deste
processo".

Buscar traçar desafios do trabalho docentes significa pontuar uma gama de direções. Devido à diversidade de obstáculos encontrados no percurso do tema. Se entendermos que a educação ou ensino, como no trocadilho colocado pela autora do trecho descrito acima; é fundamental na construção da cidadania, e que não pode ser coisificada. Ai assim teremos um desafio delineado e uma direção que podemos seguir. Sem abrir mão da produção do pensamento crítico e da essência do processo pedagógico. O discurso acadêmico pode ser muito bonito, mas pouco proveitoso, não transforma realidade; o que me faz um estudioso do tema, não são os discursos comunista de Marx e Engels, mais a necessidade que vejo de transformação da realidade. As transformações sociais, políticas e econômicas amplamente observadas pelo o docente pós-moderno, tem registrado a necessidade de mudanças, e uma nova forma de abordagem no sistema educacional. Os questionamentos a cerca das mudanças na escola e no que tange a atuação docente em relação aos atuais expedientes para o processo educativo, nos remete a pensar a respeito sobre a prática docente e a graduação pedagógica. Uma vez que existe uma demanda exacerbada imposta por uma ordem tecnológica de informação. Os laboratórios pedagógicos não acompanham o volume de informações disponibilizada pela tecnologia, com isso não empreende uma prática docente satisfatória. Concordo com a autora do texto quando diz: “As novas tecnologias estão em foco e muito tem expectativas que elas sejam a solução, contudo precisamos nos dar conta que elas quando bem empregada podem mudar e qualificar as práticas pedagógicas, mas apenas tê-las na escola e usá-las de qualquer maneira não é garantia de melhoria deste processo”. Isso não significa dizer que nossos docentes estão alheios as novas demandas ou mesmo desconhece a necessidade e a importância de aplicar melhor os recursos tecnológicos, contudo fica claro a dificuldade de viabilizar as mudanças ou a reafirmar novos contextos e a quebra de velhos paradigmas. Haja vista! Que o nosso sentimento é de não podemos encarar o docente apenas como agente do conhecimento, mas como aquele capaz de delinear proposta, de pensar, promover e aplicar as mudanças necessárias para que o conhecimento chegue ao aluno. Contudo é mais que necessário uma simbiose pedagógica entre prática e tecnologia. Entendemos que existe uma prática fragmentada como recurso na formação do docente, a transição de um modelo defasado a cada momento em razão da velocidade em que novas tecnologias acontecem. Mais a dificuldade mesmos estar na legitimação desta tecnologia na escola.
Não podemos desvincular a formação dos docentes, com esses novos nichos tecnológicos em detrimento a uma prática pedagógica para construção do conhecimento. Acredito que possa haver uma forma de conciliar Educação e tecnologia, uma possível articulação entre maquina e ser humano, e assim tudo servirá para o enriquecimento do aprendizado. “Diante das mudanças da sociedade e da invenção de novas tecnologias de informação e comunicação, professores e alunos têm a clara sensação de que
a aprendizagem deve ser encarada de outra forma, indo além da mera transmissão de
conhecimentos. Precisamos ter clareza das diferenças existentes entre ensino e educação,
para que possamos buscar uma educação de qualidade”.
Não podemos limitar o desafio docente, apenas no âmbito tecnológico, e deixamos de apontar que a escola é uma instituição cujo objetivo estar na formação do ser humano, enquanto pessoas humanas, e que neste mundo diversificado culturalmente os conflitos se instala. Neste momento o professor deve ser o agente, em cuja responsabilidade é dar respostas e promover o diálogo. Não podemos negar que essa concepção de mundo não faça parte do trabalho pedagógico, às vezes somos levados a pensar que estamos embuido apenas do compromisso do ensino e nunca do exercício da educação. A pedagogia como instituição tem a obrigação de contribuir para a formação do caráter humano de forma integral; e ao receber estas pessoas humanas, ela chega até a nós com seu conhecimento adquirido, com seus anseios, seus problemas e angustias. Não podemos fazer destes, aparelhos a espera de peças em uma linha de montagem, ou setorizar a escola um compartimento possuidor do mecanismo, capaz unicamente de produzir conhecimento. Mas o texto em destaque volta às atenções para um problema maior, como adequar tecnologia, ensino e educação. Pra isso vejo ser necessário uma infra-estrutura aliado a um projeto pedagógico coerente e participativo. Docente com uma preparação profissional continuada, e bem remunerada para dedicar tempo integral as pesquisas, trabalhando no aspecto intelectual e emocional, a interdisciplinaridade, e assim amenizado com soluções os desafios do trabalho.
Como dizia anteriormente, são gigantescos os “desafios do trabalho docente”. Estes desafios dimensionar nossa incapacidade e maximiza as muralhas, mais também deixa amostra um vigor descomunal no sentido de dar soluções, pensando no problema, não alheio, mas consciente e disponível para a busca de resultados que venha apontar um futura favorável. Como heróis do cotidiano vivem a prerrogativa de enfrentar, cenário desértico de bom senso, luta armada de hostilidade e encruzilhadas tortuosas de duvidas e reparações. Tudo para desfrutar em turbilhões, o prazer de se doar interativo e plural a singularidade da prática pedagógica. 

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