terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

DESUMANA PEDOFILIA

Podíamos iniciar nosso artigo com uma pergunta, mais seria pretensioso de mais, julgamos capazes de dar uma resposta, que seja suficiente, para aplacar a indignação de qualquer ser humano, que possua um mínimo de sentimento. Portanto este extenso prólogo tem como objetivo alertar os papais e mamães, de meninos e meninas, quanto à natureza do pedófilo. O objetivo é o de expor alguns dados psicológicos e sociológicos desta prática. A fim de descrever claramente e com provável precisão, repotemos-nos ao seu processo sintomático. Situado nas fronteiras obscuras, entre a doença e o crime, a pedofilia foi sem sombras de duvidas, uma das patologia mais difícil de ser catalogadas. Para alguns estudiosos este distúrbios estar associado com experiências de abusos sexuais vividas na infância do agressor. Uma vez que a maior parte dos pedófilos apresenta em seus relatos de anamnési, como sendo vitima de abusos sexuais na infância. Mais tais conclusões, de que os assaltos sexuais a crianças pequenas, ou seja, antes da puberdade, não teria importância etiológica, porque acontece a pessoas não desenvolvidas sexualmente, o que se afirma é que, não são as próprias experiências que agem traumaticamente, mais o seu reviver como lembrança na maturidade sexual. É bom deixar claro que são também pedófilos, não só aqueles que mostram interesse por crianças impúberes, mais também os que mostram preferência erótica pronunciados a adolescentes. Existem casos de pedófilos heterossexuais casados, contrariando a perspectivas de alguns Psiquiatras, que se inclina na possibilidade de que são incapazes de uma satisfação no relacionamento adulto. A explicação mais viável é que a insatisfação se apresenta em níveis afetivos profundos, inconsciente. Freud desenvolveu algumas idéias, norteando de forma cabal o pensamento da psiquiatria moderna. Concluiu nessa atmosfera que o pedófilo possivelmente se sinta inseguro diante de uma mulher adulta e todo seu envolvimento traduziria a figura repressiva materna, sendo o sexo nessa condição mola mestre neste conflito humano, trazendo para esse individuo um sentimento de culpa, um desejo pecaminoso. Enquanto que diante de uma criança ou mesmo de um adolescente se sentiria seguro, devido sua superioridade física e psicológica. Em um estagio psicossexual notadamente desenvolvido, tira proveito desta superioridade para estimular criança e adolescente, e assim obter satisfação sexual. Uma pratica imposta pela violência física, por ameaça ou mesmo pela indução de sua vontade. É possível a modalidade da pratica, sem que configure o contato sexual (voyeurismo, exibicionismo), ainda os tipos de atos com ou sem penetração. Entender este processo do ponto de vista médico é enxergar como deficiência a incapacidade de uma afirmação germinal do indivíduo no processo de separação do cordão umbilical. Haja vista que no momento do nascimento, esse ser é uma identidade, separada da mãe e com sua individualidade própria. Mesmo indefeso e dependente, este ser tem dentro de si, a extensão de sua individualidade, e que começa a expressar, logo, essa afirmação é cada vez mais intensa em seu aspecto singular, e será objeto preponderante em seu comportamento, por toda sua vida. Escapar da dependência é fator fundamental para tornar-se um adulto saudável, refazendo-o de maneira a demonstrar tanto para os outros, como para si próprio, sua capacidade de dominar o ambienta, de modo que lhe traga satisfação de suas necessidades. Não queremos aqui justificar a pratica, mais a relação entre a dependência e a agreção pode ser o fator que explique a agressividade, é importante frisar que esse processo é muito análogo, as relações entre pessoas são baseadas em afirmações mútuas, a menos que alguma mutação biológica altere o caráter do individuo. Uma das dificuldades é a inexistência de uma linha divisória nítida entre o indivíduo doente e o criminoso, designar e compreender mais claramente os vários aspectos do comportamento, para então delinear com segurança a propensão desta prática odiosa. Algo é notório na manifestação deste impulso, é a satisfação do agressor ao estabelecer uma relação de poder, o prazer estar na obtenção do domínio, e na resposta pessoal que a prática proporciona ao agressor, independente de seu aspecto desastroso. Esse, contudo sem deixar de ser uma perturbação neurótica, confere ao pedófilo mesmo nesse estado de desordem a sensação de que é vitima do agredido, e ele o único agente motor da conduta humana. É importante dizer que estima-se em menos de 1% da população é cometido desse mal, e que é uma modalidade quase que exclusivamente masculina, sendo muito raro em mulher. O que é triste de se constatar, é que essa atitude aberrativa, e me desculpe o neologismo, são praticadas por pessoas da relação familiar, que goza da intimidade, do acesso as dependência da residência (mãe, pai, padrasto, entre outros familiares). A família tradicional, como grupo social, significa o encontro afetivo, e produtivo de um determinado tipo de pessoas. É preciso uma maior atenção com relação aos membros deste grupo, observar quanto ao exagero nas expressões dos afagos a criança e adolescente, que é o alvo no vácuo desta anomalia. Buscar perceber na verdade os sentimentos reais que se escondem sob uma tênue fachada de um comportamento tipicamente social. Essa imagem de perfeição, contudo, não surge do nada, trata-se de uma dinâmica psicológica e paradoxal, que confronta a lucidez de nossas mentes sadias. Devo confessar da minha dificuldade em tratar deste assunto, uma devido à escassez de material de pesquisa, a outra, da minha dificuldade de compreender que esse indivíduo precisa de ajuda. Preocupei-me em não fazer menção às instituições religiosas, que foram alvo de escândalos em um passado recente, onde os questionamento girava em torno de suas doutrinas rígidas. No meu entender nenhum seguimento institucional é promotor desta patologia, muito ao contrario, são vitimas, o pedófilo no afã de mascarar a doença se esconde na credibilidade de profissões e instituições sérias. Por ser uma doença tão arraigada nas estruturas sociais, onde emerge todo repudio e indignação, é preciso conhecer o contexto e de que maneira ela se instala, mais sem abrir mãos do combate as práticas, e o de fazer uso dos mecanismos de denúncia. E com isso produzir os meios para assumir um novo papel.
INSTITUIÇÕES PARA NOTIFICAÇÃO DE CASOS DE VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇA E ADOLESCENTES:
Conselho Tutelar
Juizado da Infância e da Juventude
Vara da Infância e da Juventude/ Ministério Público
Defensoria Pública
Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente
Conselho de Direito da Criança e do Adolescente
Secretaria de Saúde
Secretaria de Desenvolvimento social O nome pode variar de acordo com o Estado
Organização Não- Governamentais Ligadas a Defesa da Criança e do Adolescente
WWW.abrapia.org.br / abrapia@openlink.com.br
Número para denúncias sigilosas e gratuitas para todo país. 0800990500





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