terça-feira, 15 de dezembro de 2009

É tempo de Nascer

E havia entre os fariseus um homem, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.
Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.
Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo. O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito. Nicodemos respondeu, e disse-lhe: Com pode ser isso? Jesus respondeu, e disse-lhe: Tu és mestre de Israel, e não sabes isto?
Na verdade, na verdade te digo que nós dizemos o que sabemos, e testificamos o que vimos; e não aceitais o nosso testemunho. Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais? Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu. E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Quanto maior a extensão de um termo, menor é sua compreensão, “Nascer de novo.” Desfazer a memória biológica gravada no código genético, reeditar para um processo contínuo e análogo, conceber um novo homem fora dos paradigmas humanos. Ser uma nova criatura fora da pragmática cientifica. Reunimos muitas diretrizes cientificas para entender tal processo, uma postura empirista adequada e precisa, correta, rigorosa. Sou um simples estudante das ciências biológicas, e procuro recitar em linguagem simplificada, aquilo que a natureza nos concede em sua expressão enigmático. Essa é a função do cientista, pendular em conflitos das verdades reveladas, verdades alcançadas. “Nascer de novo,” será que entendemos o real sentido desta afirmação? Ou nos psicoadapitamos aos estímulos condicionados a estar afirmativa? Talvez tenhamos como recurso último e indispensável ao homem, a grandeza de deixar gerar em si, um ser melhor. Bem nascido infinitamente, onde a vida não se extingue, onde não há inicio nem fim. Os nascidos do Adão biológico são de natureza cíclica, a eles, só é permitido nascer, crescer, reproduzir e morrer. Um ser substantivo, cujo sentido é existencial e empreguinado do predicado: “homem um ser mortal.” São passageiros angustiados na paisagem dissimulada. De que adianta os desvios da vírgula? Se o ser, se perde no nada. Como prenúncio de aflição desatinada, Homo Sapiens desconstruindo o homem se tornando quando retorna ao pó. Vejo no Homo Sapiens, um aleijado espiritual, muito embora sua construção genética intelectual permita que ele discirna e alcance aquilo que é de caráter espiritual. Em seu livro “Nunca desista de seus sonhos,” pag. 38 Dr. Augusto Cury relata: “Quando Jesus deu o ultimo suspiro, o chefe da guarda romana, encarregado de cumprir a sentença condenatória de Pilatos, disse: “Verdadeiramente este era o filho de Deus.” Enxergou além dos parênteses do tempo. Viu a sabedoria ser transmitida por um mutilado na cruz.” (Teologicamente o autor não se refere a uma mutilação física). Sirvo-me da observação do psiquiatra para constatar que o Adão biológico não estar impedido, em suas percepções. “Nascer de novo,” prerrogativa do Adão teológico, uma vez que foge aos princípios da “Teoria de Gaia” e dos conceitos racionalista do Adão biológico. O Adão teológico é dicotômico, quando nascer ao renascer da água e do Espírito, substância infinita, princípio absoluto de uma ordem imperativa. Metafísico e transcendente, emanação da causa não causada. É atos simultâneos nascer da água, nascer do Espírito. Nessa dicotomia de sentidos, existimos sob dois aspectos ao mesmo tempo, da água no sentido objetivo, do Espírito no sentido da subjetividade. Não quero me debruçar em um compêndio filosófico, mais se por Adão biológico se origina o fracasso de mundo, pelo Adão teológico fomos resgatados e podemos “Nascer de novo.”
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